Degustando vinhos na lata, agora da linha Arya

Este é o meu segundo encontro com vinhos na lata. A primeira experiência que tive está neste post aqui, mas posso resumi-la em poucas palavras: poderia ter sido melhor. Ter encontrado um defeito numa das latas foi um pouco frustrante, muito embora problemas de produção e armazenamento possam aparecer também nos vinhos tradicionalmente engarrafados.

Portanto, ‘apesar’ da primeira experiência, mantive o desejo de continuar explorando a proposta. E continuo achando que ela é uma alternativa muito bacana pra situações informais em que uma latinha (ou duas?) já divertem bastante.

Quando vi uma propaganda da Arya Wines, acabei comprando as 4 latinhas disponíveis na Total Vinhos, porque queria uma experiência completa da linha. Depois de degustar uma a uma, resolvi apresentá-las numa degustação online que conduzi no final do ano passado.

Só que antes de falar das experiências em si, eis alguns detalhes sobre a produção desses vinhos:

Distillruptive é a dona da marca Arya e o corte dos vinhos foi feito pelo Diego Arrebola, tricampeão do título de melhor sommelier do Brasil. As uvas vieram lá da Vinícola Estrelas do Brasil, empresa fundada em 2005 e localizada em Bento Gonçalves/RS.

A linha Arya tem 4 vinhos e, de acordo com as informações da safra 2020, são eles:

• Prosecco: feito a partir da uva Glera
• Vinho branco: um blend das uvas Trebbiano, Sauvignon Blanc, Alvarinho e Riesling
• Vinho rosé: feito a partir das uvas Pinot Noir e Sauvignon Blanc
• Vinho tinto: um corte das uvas Pinot Noir, Merlot e Rebo

Os vinhos participaram da Canned Wine Competition 2020, uma competição internacional que contou com 226 vinhos de 15 países. Entre eles, 96 foram premiados e 3 dos 4 Aryas ganharam ouro. O único que não foi premiado foi o rosé que, segundo o sócio da Distillruptive Daniel Gambardelli, não deu tempo de ser enviado pra participar.

Feita a apresentação, vamos às impressões:

Arya Prosecco
Bastante frutado, com a pera e o abacaxi maduros marcando presença. Apesar de seco, a intensidade dos aromas quase chegam a passar uma impressão de doçura. Ele é bem fresco, leve e agradável. Combina perfeitamente com a proposta.

Arya Branco
Uma giradinha na taça e surgiram os primeiros aromas de flor e de ervas. Depois vieram as frutas cítricas maduras bem intensas. No geral, ele possui corpo médio e uma acidez bem-vinda. É correto e acessível, do tipo pra beber de boa e sem compromisso.

Arya Rosé
Comparando com os anteriores, a intensidade aromática do rosé é a menor. E tal como os demais, é um vinho bem frutado e floral. Primeiro, vieram a goiaba e a romã. Uma vaga lembrança de casca de tangerina surgiu e, por fim, a pitanga e a acerola confirmaram a sua presença e até arrancaram um sorriso. É um vinho muito fácil de beber e que confirma toda a sua graça e tropicalidade do nariz à boca.

Arya Tinto
Entre os 4 vinhos da linha, o tinto é o de maior complexidade e intensidade aromática. Apresenta notas doces de ameixa, além de violeta, de tomilho e até de carvalho, que surge mesmo sem o vinho ter passagem pela barrica. Ele é seco, tem médio corpo, taninos finos e uma boa acidez. No paladar, o conjunto traz uma sensação de baunilha na boca.

Na degustação online, apresentei os vinhos branco, rosé e tinto pra pessoas de gostos variados, alguns não-apreciadores de vinhos e outros já habituados e apaixonados pela bebida. Dos 3 vinhos, o branco e o tinto disputaram o primeiro lugar pra maioria. Pra mim, encontrar um bom rosé é uma tarefa árdua, ainda mais com esse perfil tão alegre. Não à toa, ele foi o meu eleito.

Além dos vinhos, o que mais valeu nessa história foi a oportunidade de conduzir uma degustação e ver a surpresa e o prazer substituindo a desconfiança pelo não-convencional. Foi divertido e, principalmente, revigorante.

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Se você já experimentou os vinhos na lata Arya, avalie aqui embaixo!