Um vinho tinto que precisava evoluir!

A conclusão que chegamos depois de beber este vinho foi: que trabalho! Nós deixamos ele descansar bastante no decanter e, em um primeiro momento, nós o classificamos como um tinto seco aromático (notas amadeiradas em destaque), de pouco para médio corpo, com taninos maduros, persistente e levemente ácido. Em outras palavras, um vinho de sabor forte e refrescante. Com o tempo, ele passou a nos desagradar: o retrogosto era bem amargo e sentíamos uma certa ardência na garganta, talvez por conta da acidez ou do alto teor alcoólico. Resolvemos deixar o vinho descansar ainda mais, porém, a impressão era a de que ele não evoluía! Nós tentamos harmonizá-lo com um bacalhau ao forno e nem é preciso dizer o quanto o vinho se sobressaiu e roubou a cena, tanto que resolvemos deixá-lo de lado para desfrutar melhor o prato. Após a refeição, nós insistimos em degustá-lo, mais uma vez, e percebemos que, apesar do amargor ter ficado mais discreto, o sabor forte + a sensação de ardência permaneceram. Não foi um dos melhores tintos que já provamos e, por isso, não o indicaríamos, infelizmente! Ele saiu por R$97,27 na Grand Cru em julho de 2016.